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Mostrando postagens de maio, 2012
Tem um elefante entre nós. Fingimos não perceber. Grosseiro demais para um de nós carregar ou retirar sozinho. O teto está desabando sob nossas cabeças. Fingimos não ouvir os ruídos. Somos fracos demais para nos afastar do nosso lugar. A verdade está bailando à nossa frente. Fingimos não ver. É mais simples acreditar em nada. Thainá Seabra

1 de Maio de Um Ano Qualquer

Se as horas iguais fossem uma verdade... As estrelas cadentes, as três ondas da virada, cruzar os dedos. Nada nunca funcionou comigo e cá estou eu no fim do mundo ainda tentando ressuscitar minha competência. Eu já nem quero ver tantos sorrisos, já não quero ver nada. Que me ceguem! Hoje é Maio, que não fosse, o tempo voou, correu, sumiu. Amanhã continuará sendo Maio, ai se não fosse, e ainda assim, de que adianta? A gente pede pra ficar, a gente implora, a gente se agarra no último fio de cabelo. Chora, se mata de agonia, desgasta os dias, cria pesadelos, pede apenas um colo e de que adianta? A gente olha fotos, recorda momentos, se apega às lembranças, pede para voltar e de que adianta? Nada mudou? E aquela grama que não é mais verde, o céu que já não é tão azul, a lua que já não brilha tanto assim? E aquelas palavras que já não conseguem acalmar, aquele olhar que agora é frio? E aquelas horas de conversas que se transformaram em séculos de silêncio? Nada mudou? O mu