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Mostrando postagens de abril, 2012

Thanga Thanga que toca sempre

Sabe o começo daquela música? Quando as pedras são os atores principais, e então eles mostram a destruição em cores... Ela me banha, a música. Porque ele me matou em silêncio com aquela mesma pedra. Não era mais o mesmo, ainda não é. As conversas foram jogadas rio afora. Desceu, desceu demais... Ele me deixou pensar, mas me deixou pensar sozinha. Pensei na vida, pensei na morte, pensei em meus últimos casos enrolados, pensei no amor e na falta dele. Percebi que eu estava só. Por partes: Havia o grupo mais distante, que não era mais meu. O grupo mais perto, que ainda não era meu. E o grupo debaixo do meu teto, que não conseguia me entender. Percebi que eu estava só... Se eu voltasse atrás, os princípios de que valeriam? O demônio matar-me-ia com um olhar? A dor, que a cabeça leva, aumentaria? Eu sinto falta agora, eu não vou deixar pra depois. Que há de tirar um tantinho da dor, guardar em um pote para sentir só mais tarde da noite. Não! Abri os olhos ainda a pouco, como um beb

É um pouco de tudo e de nada

É solidão se fazendo presente nas seis prateleiras da minha estante. É dor de viver, é cansaço. É o estalar de ossos ecoando na alma. É prazer de morrer, é agonia angustiante. Distância pra nada, pra tudo, infernos! É o medo de andar, de falar, um vale silencioso. É abandono e saudade, é culpa. É sol, é chuva, é mar de lágrimas desesperadas. É amizade enterrada. É um nó enlaçado. É música não tocada. É o peso da madrugada. É a tristeza batendo na porta dos fundos. É uma rachadura em meio a testa da nuvem. É sangrante e dói. Ela fugiu... É o esconderijo mais secreto. É o olho roxo e cortado, vermelho e inchado, morto e pálido. Nos lençóis manchados de preguiça, é o desagrado contigo. Para não mais correr por entre as águas. Para deixar de lado as mágoas. É indiferença, é o grunhido que gasta meus ouvidos. É uma queda ao abismo sem fim que termina bem ali. É temor aos passos mais leves. É horror à multidões, em cima da cama. Há monstros detrás da geladeira, é mentira. É rancor, é crime

Trecho

Desde o começo não sei quem és, no fundo não te conheço. Se calhar sou o culpado se calhar até mereço. Quis confiar em ti mas não deixaste ou não quiseste. Imagino as coisas que tu nunca me disseste (...) Ouvir o que nunca ouvi, ver o que nunca vi, nem conheci (...) Há coisas em ti que tu não mostras ou já não gostas. Quantas vezes te pedi para seres sincera... Imagino tanta coisa enquanto estou à tua espera (...) Será que é verdade quando dizes que me amas? Será que alguém te toca em segredo, será que é medo? Será que pra ti não passo de mais um brinquedo? Será que exagero será que não passa de imaginação? Será que é o meu nome que tens gravado no coração ou não? Eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou. E sabes que tudo o que tenho é tudo aquilo que te dou, nunca te prometi mais do que podia. Prefiro encarar a realidade a viver na fantasia (...) Também te magoei mas nunca foi essa a intenção, e acredita que ver-te infeliz partiu-me o coração. Mas errar é humano e eu dou o bra

O verdadeiro nome da Fera

Quem peregrina pelas nuvens, costumeiramente, possui asas. Eu não apresento - as, mas o céu é minha estrada de todo dia. Eu peso o peso da vida de quinhentos homens armados. Meus olhos são da cardinalidade do planeta vezes sete. Minha voz ressoa nas esquinas da lua como um trovão seco. Eu nunca tive amor, e nunca terei... Todas estas historietas hão de ter o jovem cavalheiro e a moça delicada. Aqui sou apenas eu e eu. Eu expondo que venero flores, ainda quando minhas mãos impulsivas saem triturando jardins. Eu suplicando que um fantasma frequente meus aposentos sem medo, simplesmente por encanto de me assombrar. Eu revelando que não conheço dores corporais, mas que minha mente fendeu-se há muito com minhas amarguras psicológicas. Meu conto não há conversação alguma, pois a cuja com quem eu dialogo, do outro lado, se perdeu. Eu sou só, eu sou pó, eu sou nó. Eu perdi vinte guerras, por ser fraco demais. Deus me criou, todavia sua fúria foi tão ampla, que em minh’alma de