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Mostrando postagens de julho, 2012

Pedaços Soltos

Mas eu, sucessivamente abro com verbos... Careço de estar louca, oh mãe, eu devo estar louca. Trago 53 escritos iniciados e não aprontados adentro de uma pasta que desgraçou-se pela passagem densa. Eu estou incompleta, tão inacabada quanto uma gota de chuva que se rompe em uma folha antes de abraçar o chão. Àquelas cartas antigas e encanecidas que já não conversam comigo. À meu sorriso que morreu há dias e não me acompanha ao levantar da cama. À minha decepção ao perceber que o vento deixara de entregar mais uma vez minhas mensagens. Às minhas anotações desimportantes que se juntam todo dia ao meu lixo pessoal. Ao meu sono assassino de dores. Aos meus ouvidos que calam minha boca. Ao meu passado, que deixei que procurar o paradeiro para não abrumar uma vez mais. À mim por ser forte... Mas é que eu morri e continuei vivendo, e isso me assustou... Careço de estar louca, oh pai, eu devo estar louca. E que tantas vezes o dia amanheceu gracejando e ainda assim terminou pesa