Borboletas morrem cedo
Menos um dia, uma morte, uma vida. Despertei sem reconhecer o serviço que me fizeste e com uma impaciência sem calibre, por ter de conservar toneladas de emoções em uma caixinha de papelão. Lembro-me do dia anterior e subitamente peço colo a minha mãe: “Mande cortar as plantas pela raiz. Não se esqueça da velha, jamais, pois ela me trouxe amor. Suprima Rosa pela metade, uma jogue fora e a outra parte deixe comigo” Sou sem compaixão. Foi o me disseram há 2 anos, e nunca esqueci tais palavras. Passei a forçar choros, para tirar a prova e ver se eu criava um monstro dentro de mim. Percebi que não era isso, e me pus a caçar as almas que me proferiram tal maldição. Pestes, demônios sugadores de felicidades, por que sou assim? Sempre gritando para a noite, derramando sangues pela casa, prendendo a meu corpo cadáveres de borboletas. E quando me viram o praticar me titularam de delirante, maníaca e até psicopata. É só uma metáfora que, mais uma vez, ninguém entende. Borboletas vivem po