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Mostrando postagens de novembro, 2011

Borboletas morrem cedo

Menos um dia, uma morte, uma vida. Despertei sem reconhecer o serviço que me fizeste e com uma impaciência sem calibre, por ter de conservar toneladas de emoções em uma caixinha de papelão. Lembro-me do dia anterior e subitamente peço colo a minha mãe: “Mande cortar as plantas pela raiz. Não se esqueça da velha, jamais, pois ela me trouxe amor. Suprima Rosa pela metade, uma jogue fora e a outra parte deixe comigo” Sou sem compaixão. Foi o me disseram há 2 anos, e nunca esqueci tais palavras. Passei a forçar choros, para tirar a prova e ver se eu criava um monstro dentro de mim. Percebi que não era isso, e me pus a caçar as almas que me proferiram tal maldição. Pestes, demônios sugadores de felicidades, por que sou assim? Sempre gritando para a noite, derramando sangues pela casa, prendendo a meu corpo cadáveres de borboletas. E quando me viram o praticar me titularam de delirante, maníaca e até psicopata. É só uma metáfora que, mais uma vez, ninguém entende. Borboletas vivem po
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Me faz dormir hoje, Rosa, com essa tua voz de sinos de vento. Canta uma música ou recita para mim uma poesia, se não for abusar da sorte que estou tendo de estar em teu colo essa noite. Estou bobo, bobinho, meus olhos até faíscam por admirar-te. Canto a canto do teu corpo, àquele que conheço bem… Amo, de paixão, ver teus lábios penderem para um lado antes de abrir o sorriso mais lindo do mundo, o qual me acalora e me faz explodir em fogos de artifício no peito. Mas hoje não quero coisa nenhuma de ti, Rosa, só que me faças dormir. Um sono leve, um sono solto, um sono que me faça navegar no balanço dos teus cabelos. Quero sentir teu cheiro de maresia enquanto adormeço de vagar. Me faz dormir hoje, Rosa, por que amanhã ficaremos acordados… Thainá Seabra

Esperando aviões

Escolha minha, ficar assim. Ter medo da noite, do dia, da tarde, do grito. Escondendo-me entre as paredes, fechando os olhos para o sol, passando o tempo com dedos na nuca. Carregando o mundo com uma mão, e com a outra esfriando o chá. Aguardando o momento de um tsunami invadir meu pobre aposento, e me levar levando pra um lugar qualquer. Propus ser assim, pois achei que te acharia nos pensamentos, veria teu vulto correr para lá e cá tentando me proteger de mim mesma. Quem diria que você não apareceria? Esperei no inverno, sozinha, apenas eu e eu e nossa fogueira de Natal. Almejei na primavera, desamparada, do principio ao fim, vendo flores falecendo e surgindo. Ansiei no outono, só, o frio atingindo-me outra vez, deu-me a sensação de nobreza do mundo, e fez me parecer uma qualquer crendo em um nada. E o verão veio, e eu abandonada por seis, quatro estações, repetidas. Descri de o seu avião passar no dia em que fiz amor com um estranho. Fingi que gostei, fingi que você não estava l