Borboletas morrem cedo
Menos um dia, uma morte, uma vida. Despertei sem reconhecer o serviço que me fizeste e com uma impaciência sem calibre, por ter de conservar toneladas de emoções em uma caixinha de papelão. Lembro-me do dia anterior e subitamente peço colo a minha mãe:
Sou sem compaixão. Foi o me disseram há 2 anos, e nunca esqueci tais palavras. Passei a forçar choros, para tirar a prova e ver se eu criava um monstro dentro de mim. Percebi que não era isso, e me pus a caçar as almas que me proferiram tal maldição. Pestes, demônios sugadores de felicidades, por que sou assim? Sempre gritando para a noite, derramando sangues pela casa, prendendo a meu corpo cadáveres de borboletas.
E quando me viram o praticar me titularam de delirante, maníaca e até psicopata. É só uma metáfora que, mais uma vez, ninguém entende. Borboletas vivem pouco, não posso desejar o mesmo? Abolir meu ser em sete dias ou menos? Pular da janela de meu quarto mesmo sabendo que não posso voar. Deixem a excentricidade de lado, eu não aguento mais viver se for para desaproveitar minhas tardes na frente de um computador. Olhando para o relógio de cinco em cinco minutos sabendo que em determinado espaço meus chegados estão sendo afortunados na união que permanece entre eles.
A porta irá bater, um dia. Mas me canso de esperar. Sou assim, grossa, inquieta, mal amada. Se eu virar colecionadora de corpos, outra vez ninguém entenderá a mensagem, então é melhor deixar pra lá. Porque conto para uns e falam:
Mas o fato é que ninguém percebe minhas palavras, não eram para ser gentis, fazem críticas. Todas, até as que discorrem sobre amor. Mas os fulanos e ciclanos são impossibilitados de ler o sentido implícito. E depois ninguém aceita quando exponho meu desejo de ser uma borboleta e as deito em meu colo.
Aceito o ocorrido, sempre. Mas com fé que algum dia alguém lerá e brilhará os olhos, sem palavras...
Thainá Seabra
“Mande cortar as plantas pela raiz.
Não se esqueça da velha, jamais, pois ela me trouxe amor.
Suprima Rosa pela metade, uma jogue fora e a outra parte deixe comigo”
Não se esqueça da velha, jamais, pois ela me trouxe amor.
Suprima Rosa pela metade, uma jogue fora e a outra parte deixe comigo”
Sou sem compaixão. Foi o me disseram há 2 anos, e nunca esqueci tais palavras. Passei a forçar choros, para tirar a prova e ver se eu criava um monstro dentro de mim. Percebi que não era isso, e me pus a caçar as almas que me proferiram tal maldição. Pestes, demônios sugadores de felicidades, por que sou assim? Sempre gritando para a noite, derramando sangues pela casa, prendendo a meu corpo cadáveres de borboletas.
E quando me viram o praticar me titularam de delirante, maníaca e até psicopata. É só uma metáfora que, mais uma vez, ninguém entende. Borboletas vivem pouco, não posso desejar o mesmo? Abolir meu ser em sete dias ou menos? Pular da janela de meu quarto mesmo sabendo que não posso voar. Deixem a excentricidade de lado, eu não aguento mais viver se for para desaproveitar minhas tardes na frente de um computador. Olhando para o relógio de cinco em cinco minutos sabendo que em determinado espaço meus chegados estão sendo afortunados na união que permanece entre eles.
A porta irá bater, um dia. Mas me canso de esperar. Sou assim, grossa, inquieta, mal amada. Se eu virar colecionadora de corpos, outra vez ninguém entenderá a mensagem, então é melhor deixar pra lá. Porque conto para uns e falam:
“Que bela tuas narrativas.
Magníficas,virará uma lenda da literatura.
Mostra-me aquele lindo escrito a respeito de embarcações engolidas.”
Magníficas,virará uma lenda da literatura.
Mostra-me aquele lindo escrito a respeito de embarcações engolidas.”
Mas o fato é que ninguém percebe minhas palavras, não eram para ser gentis, fazem críticas. Todas, até as que discorrem sobre amor. Mas os fulanos e ciclanos são impossibilitados de ler o sentido implícito. E depois ninguém aceita quando exponho meu desejo de ser uma borboleta e as deito em meu colo.
Aceito o ocorrido, sempre. Mas com fé que algum dia alguém lerá e brilhará os olhos, sem palavras...
Thainá Seabra