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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

O Pouco Que Sobrou

De dois eu faço zero, e de três eu quero dois. Há uma estrada que leva à minha casa, ela passa por onde ninguém quer passar. Eu passei por muitas outras antes de chegar... Não acabou, não se calou, ainda perece com um grito silencioso. Mas já não faz sorrir, ou chorar. Já não aperta onde devia apertar. “Boa moça que já não é. Maltratada e violentada pela dor que a solidão lhe causa. Fincou-se no eterno, Apesar de desejar uma cova para tão cedo.” Cheios de entrelaços, palcos sem vidas que se desatam para nenhum só e nos atam com milhões. Versos fervidos em um camburão de morte, onde se joga – de segundo em segundo – vidas vãs. Onde moro, e me abrigo. Na terceira via chamada de quatro, antes não havia flores. Presentemente existe, mas estão todas cadavéricas, sem cor... E sem nota para reanimar os campos que já não se sente o perfume ao cintilar o que não se quer para nunca mais... A saudade é a mesma que o sol sente pela lua, se encontrando apenas para assassinar uns e

Depois de partir

Sem meios, sem freios ou medos. Depois de partir uma marca fica, um chão se vai e três pés se alcançam. Aprendi em pouco tempo que não preciso não ter uma bússola para me sentir perdidamente sem rumo, que a chuva pode cair de baixo para cima – só depende de você – e que o tempo voa mesmo sem asas, o que eu gostaria de poder fazer... Também aprendi a diferença entre a ilusão e a necessidade de querer acreditar no irreal. "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito." Jovens ou velhos, quem não sabe brincar com fogo, é melhor que não compre um isqueiro, para inicio de conversa. Mas se o desejo é derreter-se no calor de robustas emoções abalizadas, vá enfrente. Depois de partir me dei conta de que a bagagem ficou, propositalmente. Não a quis trazer, por dó de mim mesma. Carregar pesos faz mal para as costas, e nesse caso, para a mente também. Uns queijos, uns jeitos, uns beijos. Quem

Inverno Vazio

Não possuo a capacidade de amar as manhãs de verão, pois não é nelas que acordo... Vejo o vento passar, como quem leva flores para seu verdadeiro amor. Ouço a chuva bater como quem defende a própria vida. Sinto o frio se alojar em minha pele como quem necessita de um abrigo. Nada se altera. Nada me alegra. Uma neblina de mágoa me acompanha dia e noite, em todas as horas, em todo lugar. "O apego é a maior escravidão. Aquele que se apega, Renunciou ao direito de liberdade." Uma - ou várias - lágrima que se forma por debaixo de olhos falsos, que sequer transmitem o que estão sentindo. A boca, que trai a mente, é morada de um jato frio. Já não mais preciso figir que estou bem. Apenas seguir com a vida, apenas aceitar o que não precisaria ser aceito. Deixar que decidam que caminho vou seguir, por que meus ossos congelaram e levaram de companhia meu ser. Poucos - ou ninguém - entenderia a seguinte frase: "Debaixo ou em cima do tapete, me sinto nua. Alguém tirou
E que tudo, ou melhor, e que o nada se exploda. Que vire pó, se desmanche, se entransse Em uma montanha de desgosto. Que se vire, Se desvire, E que se mate de dor. Desejo morte, um apelo inaudível e um choro de amor. Um veneno incolor, escorre da boca, Dos olhos, Das palavras. E que o nada se exploda. Que sucumba sua própria vida, com uma última vista Meu sorriso. E as noites sem lua, sem estrelas, sem calor. Na mente carregando apenas o peso de um dia sem cor. Nas chamas que brotam dos lábios, De onde sai apenas terror, Vejo uma luz Um lapejo, Um desejo. E que o nada se exploda. Eu não vou nem me importar. Eu não vou nem piscar. Dedos furam almas e pureza não se vê. Pele intocável, na qual o mal sente prazer. AMARELO QUE SÓ VEJO, AVISTO, BRINCO, FINJO. E que o nada se exploda. Só não quero que o mundo pare, que nada se apegue ao fechar de olhos de um nada que não possui tais. Do que falas? De mim, nunca de ti. Perco tempo ainda que ande com ele grudado