E que tudo, ou melhor, e que o nada se exploda. Que vire pó, se desmanche, se entransse
Em uma montanha de desgosto.

Que se vire,
Se desvire,
E que se mate de dor.
Desejo morte, um apelo inaudível e um choro de amor.
Um veneno incolor, escorre da boca,
Dos olhos,
Das palavras.

E que o nada se exploda. Que sucumba sua própria vida, com uma última vista
Meu sorriso.

E as noites sem lua, sem estrelas, sem calor.
Na mente carregando apenas o peso de um dia sem cor.
Nas chamas que brotam dos lábios,
De onde sai apenas terror,
Vejo uma luz
Um lapejo,
Um desejo.

E que o nada se exploda.
Eu não vou nem me importar.
Eu não vou nem piscar.

Dedos furam almas e pureza não se vê.
Pele intocável, na qual o mal sente prazer.

AMARELO QUE SÓ VEJO, AVISTO, BRINCO, FINJO.

E que o nada se exploda. Só não quero que o mundo pare, que nada se apegue ao fechar de olhos de um nada que não possui tais.

Do que falas? De mim, nunca de ti. Perco tempo ainda que ande com ele grudado em meu corpo, mas o pingo do I não merece ser dirijido à tal pessoa...

O nada? Sou eu.
O tudo? Eu também.
E o lobo? Ainda perguntas?
As flores? Todas minhas.
Os textos? Por mim, sobre mim e para mim.

Thainá Seabra
com raiva, com ódio e em relances

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