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Mostrando postagens de agosto, 2012

Ontem de noite, na Terra

Ah a Lua é tão grande, tão grande, que pesa no estômago. Ah o anoitecer é tão luxuoso, majestoso de doer os olhos. E então a Lua pesa... O caminho que seguíamos, aclarado pela escuridão das nuvens negras e assustadoras, era calmo tanto quanto o balanço da rede. Andávamos juntos e separados, caminhávamos apressada e lentamente, corríamos exagerada e docemente. Eu carecia de lembrá-lo de toda a culpa invisível que está preste a desmoronar nos teus ombros, acanhados e anêmicos. Mas eu preciso ser cruel, saudosa demais. Em outra vida quiçá eu te faça ficar para tomar uma última, e vagarosa, xícara de café... Você não queria estar aqui? Ceder todo o infortúnio uma vez principiado, deixar ratos/lagartos/carrapatos e todos os equívocos. Não obrigar-se a ecoar o clichê a cada sopro de um vento traidor. Ah que ser estúpido e falso esse o teu! Você não queria estar aqui? Cruzar milhões de quilômetros e se juntar à minha parede inacabada. Compartilhar a rachadura do sofá, repartir a