Depois de partir
Sem meios, sem freios ou medos.
Depois de partir uma marca fica, um chão se vai e três pés se alcançam. Aprendi em pouco tempo que não preciso não ter uma bússola para me sentir perdidamente sem rumo, que a chuva pode cair de baixo para cima – só depende de você – e que o tempo voa mesmo sem asas, o que eu gostaria de poder fazer...
Também aprendi a diferença entre a ilusão e a necessidade de querer acreditar no irreal.
"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito."
Jovens ou velhos, quem não sabe brincar com fogo, é melhor que não compre um isqueiro, para inicio de conversa. Mas se o desejo é derreter-se no calor de robustas emoções abalizadas, vá enfrente.
Depois de partir me dei conta de que a bagagem ficou, propositalmente. Não a quis trazer, por dó de mim mesma. Carregar pesos faz mal para as costas, e nesse caso, para a mente também.
Uns queijos, uns jeitos, uns beijos.
Quem me ouve, não entende. E quem me entende não está presente. E quem se faz presente nem se sente. E quem se sente não se arrepende. Nem por uma única vez... Ela é que pode dizer com todas as letras.
O meu ela e o meu ele, são um só. Mas são dois, dois de um, que junto a mim se fazem três. Daí tirei os pés...
Depois de partir olhei pra trás e vi o céu, olhei pra cima vi o chão, embaixo de mim o horizonte. Me perdi mais uma vez... Depois de partir, eu soube como é partir. Recebi adeus ao invés de dá-los. Depois de partir o amarelo ganhou um sabor diferente...
Meigas vozes escondem passados assombrosos. Lindos olhos encobrem noites de choro. Belos sorrisos calam próximos descomedimentos. A fleuma abriga uma alma odiosa... O desespero nos dá a fé, mas a tira de nós em pouquíssimo tempo. O que desgosto absurdamente.
"Minha alma tem o peso da luz Tem o peso da palavra nunca dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou."
Depois de partir eu percebi que nunca mais quero voltar...
Thainá Seabra
Depois de partir uma marca fica, um chão se vai e três pés se alcançam. Aprendi em pouco tempo que não preciso não ter uma bússola para me sentir perdidamente sem rumo, que a chuva pode cair de baixo para cima – só depende de você – e que o tempo voa mesmo sem asas, o que eu gostaria de poder fazer...
Também aprendi a diferença entre a ilusão e a necessidade de querer acreditar no irreal.
"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito."
Jovens ou velhos, quem não sabe brincar com fogo, é melhor que não compre um isqueiro, para inicio de conversa. Mas se o desejo é derreter-se no calor de robustas emoções abalizadas, vá enfrente.
Depois de partir me dei conta de que a bagagem ficou, propositalmente. Não a quis trazer, por dó de mim mesma. Carregar pesos faz mal para as costas, e nesse caso, para a mente também.
Uns queijos, uns jeitos, uns beijos.
Quem me ouve, não entende. E quem me entende não está presente. E quem se faz presente nem se sente. E quem se sente não se arrepende. Nem por uma única vez... Ela é que pode dizer com todas as letras.
O meu ela e o meu ele, são um só. Mas são dois, dois de um, que junto a mim se fazem três. Daí tirei os pés...
Depois de partir olhei pra trás e vi o céu, olhei pra cima vi o chão, embaixo de mim o horizonte. Me perdi mais uma vez... Depois de partir, eu soube como é partir. Recebi adeus ao invés de dá-los. Depois de partir o amarelo ganhou um sabor diferente...
Meigas vozes escondem passados assombrosos. Lindos olhos encobrem noites de choro. Belos sorrisos calam próximos descomedimentos. A fleuma abriga uma alma odiosa... O desespero nos dá a fé, mas a tira de nós em pouquíssimo tempo. O que desgosto absurdamente.
"Minha alma tem o peso da luz Tem o peso da palavra nunca dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou."
Depois de partir eu percebi que nunca mais quero voltar...
Thainá Seabra